quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ciclos


Mais um ciclo encerrara-se em sua vida, mas ela insistia em continuar no antigo. Não que ele tivesse sido bom, mas havia o medo de sentir saudade, o receio do desconhecido, o pavor de querer voltar e não mais ser possível.

No momento do passo decisivo, virou-se e correu de volta... sem rumo, sem proa, só sabia que estava voltando. Não percebeu as mesmas paisagens nem que tudo se repetia. De repente sentiu um choque, estava sendo atropelada.

Rodopiou, caiu, abriu os olhos e tentou levantar-se, mas alguém a impedia de sair do lugar, cada vez que tentava, novo choque sofria e novamente caía. Percebeu então que quem lhe atropelava também estava perdida e, na ânsia de seguir adiante, era por ela também atropelada.

Nenhuma das duas saía do lugar e, atônita, ela conseguiu fitar o rosto da outra... e entendeu. Não havia mais como voltar, ela precisava retornar para o fim do ciclo, e partir para o próximo. Quem a atropelava impedindo seu retorno e, ao mesmo tempo era por ela impedida de seguir adiante ... era ela mesma.
.....

“É preciso entender que quando um ciclo termina, temos que partir para o próximo. Ficar é regredir e atropelar a si próprio.”

(Autor desconhecido)

Um comentário:

Sueli disse...

Olá, a autora é Sueli Benko, do Blog "Fenixando". Um abraço!