domingo, 24 de maio de 2009

Nossos atos



Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa todo orgulhoso e chama sua esposa para ver o lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos 20 anos de trabalho. Era o primeiro que conseguira comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada. A partir daquele dia, finalmente, seria seu próprio patrão.

Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho de 6 anos martelando, alegremente, a lataria do reluzente caminhão. Irado e aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e sem hesitar, completamente fora de si martela, impiedosamente, as mãos da criança que se põe a chorar, desesperadamente, sem entender o que estava acontecendo.

A mulher do caminhoneiro corre em socorro, mas pouco pode fazer.

Chorando junto ao filho, consegue trazer o marido a realidade e juntos levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos provocados.

Passadas várias horas de cirurgia o médico, desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados. Porém, o menino era forte e resistira bem ao ato cirúrgico devendo, os pais, aguardá-lo no quarto.

Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um sorriso e disse ao pai:

- Papai, me desculpe... Eu só queria consertar seu caminhão, como você ensinou-me outro dia. Não fique bravo comigo!

O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha mais importância. Não estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele, e que a lataria do caminhão não tinha estragado.

Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:

- Quer dizer que não está mais bravo comigo?

- É claro que não! respondeu o pai ao menino.

- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?

Reflita...
Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos, e muitas vezes não podemos "sarar" as feridas que deixamos.

(Autor desconhecido)

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